Apesar de estarmos no segundo milênio da era cristã (DC) há menos de 100 anos descobrimos a existência do pH e, somente em 1934, nos Estados Unidos, é desenvolvido o primeiro equipamento confiável para efetuar medidas de pH. Foi (Peter Lauritz) Sorensen, bioquímico dinamarquês, nascido em Havrebjerg a 9 de Janeiro de 1868 quem introduziu o conceito do pH e, depois, criou a escala do pH. Sörensen definiu o pH como sendo o logaritmo (decimal) do inverso da concentração hidrogeniônica: pH = log 1/[H+]
O conceito de íon foi introduzido por Michael Faraday (1791-1867), em 1833, a partir de seus estudos de eletrólise. Em 1853, Johann W. Hittorf (1824-1914) descobriu que os íons se moviam sob a ação de uma corrente, e que isso variava de espécie para espécie. Em 1876, Friederich W. G. Kohlrausch (1840-1910) desenvolveu um novo método para determinar a condutividade, e com isso estabeleceu a lei da migração independente dos íons
Em 1875 Louis Pasteur (1822-1895), em seus estudos de fermentação, foi o primeiro a reconhecer que a acidez real é bem diferente da acidez total, pois ácidos com mesmo número de hidrogênios ionizáveis não têm necessariamente a mesma força. Daí surgiu a necessidade de medir e exprimir essa acidez em solução, pois se tratava de uma variável importante nos procedimentos biológicos e bioquímicos em geral. Isso significa que a importância e a necessidade de quantificar a acidez se estabeleceram antes do advento do pH. Contudo, antes de Sörensen, era raro um trabalho que relacionasse o andamento de uma reação química e a acidez do meio.
. Svante Arrhenius (1859-1927) percebeu em sua teoria de dissociação eletrolítica (1887) que a lei da ação das massas podia ser aplicada às reações iônicas. Além disso, também determinou a constante de dissociação dos ácidos e das bases, relacionando a magnitude dessa dissociação com a força do ácido ou da base. Segundo Arrhenius, ácidos são substâncias que produzem em solução aquosa íons hidrogênio; analogamente, bases produzem íons hidroxila em solução. Com o advento da teoria de Arrehenius e os avanços das medidas elétricas, foi possível determinar a constante de dissociação da água pura, pela aplicação da lei da ação das massas. Foi Wilhelm Ostwald (1853-1932), em 1893, quem primeiro fez essa determinação, empregando uma célula de concentração.
O pH pode ser determinado usando um medidor de pH (também conhecido como pHmetro – pronuncia-se: peagâmetro) que consiste em um eletrodo acoplado a um potenciômetro. O medidor de pH é um milivoltímetro com uma escala que converte o valor de potencial do eletrodo em unidades de pH. Este tipo de elétrodo é conhecido como eletrodo de vidro, que na verdade, é um eletrodo do tipo "íon seletivo".
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